terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Relógios, que Tempo Dão, num Segundo...

RELÓGIOS, QUE O TEMPO DÃO,
NUM SEGUNDO...
 
Relógios, que o Tempo dão,
no PONTEIRO dos SEGUNDOS,
que se afasta do PRIMEIRO SEGUNDO,
SEGUNDO a SEGUNDO, segundo o Tempo,
encontrando o SEGUNDO PONTEIRO,
sessenta SEGUNDOS depois...
O PONTEIRO dos MINUTOS, que de MINUTOS sessenta,
assenta noutro PONTEIRO, o TERCEIRO,
que conta HORA a HORA, vinte e quatro,
para num DIA se tornar,
e trinta DIAS depois, num MÊS se transformar,
porque MÊS após MÊS,
de doze, ANO farão,
no Calendário do Tempo,
por Relógios, que o Tempo dão...
E o Tempo que no Tempo se esfumou,
em UM SEGUNDO se transformou:
De 13 em 14 se tornou,
que do VELHO se deixou,
e no NOVO se apresentou...
 
Réjo Marpa 
 
PRÓSPERO ANO NOVO
ABREIJOS, REINALDO E TERESA...
 
Relógios, que o Tempo dão, num Segundo
Foto de Teresa de Mendonça e Conceição

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

UM CONTO DE NATAL NUMA ESTRELA

UM CONTO DE NATAL NUMA ESTRELA
 
Lá p'ró Sul, no meio de um Deserto, vive uma Estrela brilhante,
por tal exuberante, que se exibe sem embaraço nesse Espaço
a que deu o nome de NAMIBE...
Um dia, numa Noite interessante de Luar mais vibrante, viu Cristo Rei
de braços abertos, que de tão pertos as outras Estrelas vinham abraçar,
tendo todavia que esperar numa estafante e interminável fila,
naquele lugar, que resolveu chamar de HUILA...
Após ter visto isto, decidiu viajar no Tempo, e descobriu a Tempo,
um fio de água vadio num Rio solitário que avançava por aquela Região,
como que uma Procissão Solene, e claro a nossa Estrela olhou,
e baptizou o Local de CUNENE,,,
Logo a seguir, deixou-se ir por uma área considerável, mesmo infindável,
e num sentimento profundo, pensando estar em Terras do Fim do Mundo,
e rodopiou como se dançasse um Tango, e gritou:
Serás KUANDO-KUBANGO...
Curiosa, lá foi garbosa, mas de repente parou ciente de ter encontrado
o Paraíso por si imaginado, numa Baía formosa, ou também mais além
numa Planície frondosa, de cor rubra tão bela,  que não hesitou,
e o seu Nome gravou: BENGUELA...
Depois, bem, depois veio uma aragem que a empurrou para o centro,
e que lhe mudou o rumo à viagem, mas que dentro do espirito de aventura,
a nossa Estrela que é uma ternura, não se importou, pois viu,
uma Terra deslumbrante que de tão verdejante, e sem qualquer "mambo",
num tom forte disse: Ficarás HUAMBO...
E, ali ao lado, por tanto Rio atravessado, a nossa Estrela de sorriso
arregalado, não hesitou, olhou, e considerou sem hesitação,
mas com determinação e Fé: Tu, chamar-te-ás de BIÉ...
Muito animada e também determinada, continuou a prospecção,
e com grande admiração, avistou Terra rica em Agricultura e Minério,
com Cultura no Mistério de seus Rios, Quedas d' Água,
ou na mágoa das inundações, sem hesitações, ou qualquer problema,
como era seu pensamento e lema, com afeição e paixão
a este Local rico, proclamou-o de MOXICO...
De repente, uma Luz fluorescente, mesmo gritante, é realce
preponderante numa Região onde abunda Diamante, que de tão rica,
a nossa Estrela muito forte, toma uma posição de grande Porte,
dividindo o Nome LUNDA, em LUNDA-SUL e LUNDA-NORTE...
A sorrir, continua a sua Peregrinação e encontra mais uma Região
e um dos pontos maravilhosos, estrondosos, que viu e assistiu,
de tal maneira que fascinada ficou parada a admirar com gula,
as Quedas de Kalandula, e toda a beleza que a abrange,
logo chegando gritando: És MALANGE...
Empolgada quis ver o Mar, mas não resistiu e também viu,
Rupestres Pinturas  de Gravuras delineadas, e até, conseguiu ver a cor do Café,
e claro, satisfeita e refeita, ainda mais cintilante qual Céu Azul,
rumou e ditou: Só podes ser KUANZA-SUL...
Após isto dizer subiu um pouco mais, sorriu demais, pois encontrou
entre outras e muitas riquezas, as belezas das suas Reservas Florestais,
e quando as viu, proferiu:
Tens muita sorte, só podes ser KUANZA-NORTE...
Seguiu o seu caminho de mansinho, olhou e ficou deslumbrada com
 Região tão Industrializada, e como Princesa que é, do alto da sua beleza,
e também de quem manda, falou e ordenou:
És a Capital, és LUANDA...
Mais iluminada, e muito mais animada com a paisagem que tem visto
nesta sua viagem, fica a perceber o significado que tem sido sussurrado,
acerca de quem esta água beber, pois é fácil perceber o que irá acontecer:
Por estas terras se irá perder em dia Solarengo,
por isso só podias ser BENGO...
Depois da água provada, continuou a caminhada e ficou deslumbrada
com a Bacia Hidrográfica encontrada, tão bela pescaria, tanto café,
tanta magia que também é preponderante neste interessante Local
que afinal nada aflige, onde será gravado, UÍGE...
Depois olhou mais além, descortinou um Rio, e o que mais lá tem dá
para apreciar, porque além de uma bela Savana e Floresta irá encontrar
nesta Região, um filão de Ouro Negro e pau Preto, Amuleto principal
que combate qualquer desaire, e só por isso serás ZAIRE...
Depois a curiosidade, que é maldade que assiste quem persiste
em querer ver e aprender, e, a nossa Estrela olhando para a outra margem,
não podia acabar a viagem sem dar um saltinho de carinho àquele cantinho,
que de tão sozinho, sozinho não está, por pertencer ao lado de cá,
e este estar abraçado ao lado de lá por laços Patrimoniais,
com todas as coisas mais, como o Petróleo do seu Mar e a Madeira
que irá encontrar, no Maiombe sua Floresta, onde em festa nesta aventura pura,
a nossa Estrela vê a sua Árvore de Natal, que é só e afinal,
a sua história Linda, que é seres ANGOLA, seres CABINDA...
É madrugada, o primeiro raio de Luz seduz a adorada ESTRELA,
que cansada mas entusiasmada, se deixa adormecer por saber ir sonhar,
com a viagem de Sonho que tinha acabado de sonhar...
 
Réjo Marpa
 
TRONCO DE NATAL-Presépio-
 
Foto de Teresa de Mendonça e Conceição
 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

UM NATAL LONGE, NUM DESERTO, MAS NÃO DESERTO...

UM NATAL LONGE, NUM DESERTO, MAS NÃO DESERTO...
 
Debaixo de um Sol abrasador, envolto num manto de Dunas Douradas,
esmagadas por um Céu tão perto, e de onde decerto são pintadas,
surge o CUROCA, Senhor do Deserto, certo das pisadas a seguir, qual Rei Mago,
e que no afago da simplicidade, serpenteia pela areia,
que dita a Lei do mais forte, o porte da dignidade, perante a verdade
do poder da Natureza, que deixa transparecer uma enorme beleza
por de entre toda a dureza nela representada...
E aquele Ponto Negro no Horizonte, fonte de imagem retratada
que de Miragem não tem nada, com passos firmes e decididos,
fundidos no querer vencer o caminho, sozinho perante o Mundo,
vai fundo ao profundo Espiritual numa entrega incondicional
da sua riqueza, a Princesa daquele Lugar: WELWITSCHIA MIRABILIS...
E, numa sincronia, Natureza-Ser, a rebeldia selvagem trespassa a Miragem,
e dá-se o Milagre da sobrevivência, na vivência sobrevivente,
própria dos fortes, em sortes desiguais, apenas iguais,
no desejo ardente em sobreviver...
E é quando a noite se apresenta trazendo consigo um frio baldio
que assenta arraiais, onde o silêncio se torna demais,
nos sinais daquela Estrela tão cintilante, que de mais brilhante,
lhes serve de Guia na Via a seguir, ou sentir aquela Outra, aquela, a Cadente,
que corre tão rente que quase se sente aquele arrepio,
que não se sentiu com o frio baldio quando surgiu...
A Estrela, o CUROCA seguiu, e naquele caminho viu um silêncio tão grande,
Porto Alexandre que era, nesta Tombwa que é, numa Era de Fé,
dormindo um sono sossegado sempre vigiado,
por uma "Ilha" encantada de Ameijoas banhada e salpicada de Luz,
por uma Lua que seduz,
Pescadores, Traineiras, Chatas, Baleeiras, Senhores do Mar a irem pescar,
Peixes hipnotizados, que de tão encantados se deixam apanhar...
E o CUROCA, deixou-se apanhar...
Tornou-se Kimbar...
 
Réjo Marpa
 
Deserto
Tirado da Net
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MOÇAMBIQUE LÁ TÃO LONGE, AQUI TÃO PERTO...

MOÇAMBIQUE LÁ TÃO LONGE, AQUI TÃO PERTO
 
Lourenço Marques que eras, Maputo que hoje Tu és,
adoramos-te deveras, continua a ser quem és...
Tuas Avenidas enormes de animação concorridas, tuas Noites preenchidas,
Maputo que nunca dormes...
Quem não se lembra da Catedral com a Câmara a espreitar,
mais o Prédio do Funchal e a Cervejaria Coimbra com o Frango à Cafrial?
E a Pastelaria Princesa e o Bife de Café, Bife à Princesa também,
a mostrar como é que é, no Prato ficava bem... 
E então o Marialva levava Gente a Reboque, tão famoso era o Bitoque,
como os Bifes na frigideira feitos em barro de primeira...
E a Laurentina afina pelo mesmo diapasão, o gostoso Camarão,
mais a Cerveja então, e a Tenda do Sheik, Também o Continental,
quantas vezes se comeu, matou-se a sede bebeu, bons momentos se viveu...
E o Cinema Gil Vicente, que tanta Gente acolhia,
e o Manuel Rodrigues que tantas vezes enchia, quando o Teatro aparecia...
João Maria Tudela, os Fados no Girassol,
 e a Rampa do Caracol a beijar o Hotel Polana, que do alto imponente,
via ao longe bela Baía com a Marginal em frente, que se enchia de Gente
ao fim de cada dia, e também quem não se lembra do Clube Naval, afinal?
E da Mesquita, e do Templo Chinês, das Raças, dos Credos e Religiões,
dos Quartéis, das Repartições, das Praças, dos Belos Jardins e afins,
e a bonita Estação e o Rádio Clube, e o prático Aeroporto e o grandioso Porto,
 e o valoroso Desporto, e o Eusébio, e o Hilário, e o Mário Coluna,
e o Adrião, e o Velasco, e o Moreira, e tantos e tantos mais,
no Basquete, Ginástica, Natação, o Orgulho da Nação...
E as belas Capulanas que de Terras Africanas eram um Sol de cores berrantes,
Brilhantes por lapidar, Noites de brilho ao luar,
Moçambique de tais encantos, encantos de encantar que se deixa encantar,
por Gente que nunca dorme, Gente que pensa a sonhar...
Moçambique Terra do Índico, Oceano das águas quentes,
tal como as suas Gentes, com Praias de areias brancas...
E lembram-se das Feiras Francas, que por lá são os Bazares,
cheios de cheiros e cor enchem os ares de odor, que de tudo tem para vender,
onde só querer, é comprar, isto em qualquer Bazar...
O Mercado Xipamanine, com o Caranguejo Negro pescado em águas do Rio,
era um Rio de desejo, que do Seco Camarão, a Matapa dá então
um belo preparado, e se estiver engasgado tenha um "Maeu" preparado,
que o vai deixar reparado, ou um pouco estonteado, mas muito revigorado...
E o simples Cidadão, simples, modesto, vulgar, puro, honesto, singular,
como o modo de viver, sua maneira de ser, verdadeira, natural,
por também ser natural, a Saudade de que nasceu, por lá cresceu e viveu,
a vida com intensidade, uma vida de verdade...
E por ser verdade, se por acaso lá for, resta deixar um recado:
Diga por lá OBRIGADO, KANIMAMBO deste lado,
e um sempre ao dispor...
 
Réjo Marpa 
 
Moçambique lá tão longe, aqui tão perto
Imagem da Net 
 

domingo, 8 de dezembro de 2013

UM CONTO DE NATAL EM LOBITO

UM CONTO DE NATAL
EM LOBITO
 
Era Dezembro 1974, ainda me lembro...
A Tarde corria em alegria, que ardia em desejos e pedidos,
cheia de olhares perdidos de "Cadengues" confundidos,
que em correria por de entre as montras enfeitadas,
tão movimentadas como engalanadas de Dourados e Prateados,
mais umas Luzinhas brilhantes, umas constantes, outras cintilantes,
e ainda outras montras, num concurso em curso,
qual Presépio o mais bonito, da Cidade do Lobito...
E, a Tarde corria, entardecia, anoitecia, e o Milagre acontecia...
As ruas iluminadas, o Mercado também,
lá ao longe vê-se e bem a Árvore de Natal e as Boas Festas,
no Prédio Universal...
Tudo é luz, tudo seduz, mas na penumbra de uma rua festiva,
um Vulto, curvado de cansado, volta de um dia trabalhado,
de uma vida dura e crua,
de mais um dia, igual a outro qualquer dia, mas diferente,
 e "ele", o Vulto, indiferente, não o sabia, ou sabia?
Mas sim, era um dia diferente, um dia, talvez só esse dia,
o dia que os "Cadengues" não precisavam que os "Cotas"
falassem do Homem do Saco, uma Lenda viva,
o Chicocuma, pois tudo era feito sem defeito e a preceito,
porque o Menino Jesus iria aparecer à Meia Noite,
para trazer as prendas a quem comia a sopa toda e se portavam bem...
Mas, também,
tinha que ser logo nesse dia, o dia de Natal,
o tal, o da Família em reunião, em união,
e ele,
só, sem ninguém, na solidão do seu caminho,
voltava para o seu Ninho, à sua "Cubata",
no seu querido Bairro, a Canata...
A noite cresceu, ele percorreu esse caminho,
e quando finalmente chegou, preparou tudo igual ao que igual fazia
em outro qualquer dia, e com a mesma alegria tudo arranjava,
pois era disso que se tratava, Amanhã, era mais um dia,
 e a Jornada começava bem cedo, e quando a manhã voltasse,
voltava o medo que as crianças uma a uma,
tinham do Velho do Saco, um simples trabalhador,
 o bondoso Chicocuma,
e tudo voltaria a ser normal, Natal já ia, 
restava a alegria do dia a dia, e a esperança que a criança
de bom e bem alcança, no já, Natal que vem...
 
Réjo Marpa 
 
Foto de Mário Rui Ribeiro
 
 
  

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MADIBA FOI... MANDELA ESTÁ AÍ...

MADIBA FOI... MANDELA ESTÁ AÍ...
 
Na história da História do Tempo no Tempo, MADIBA fez desse Tempo
o inicio de um novo Tempo, O SEU TEMPO...
E de entre Palavras que formavam Frases, Frases de Palavras formadas de Letras
por Homens e Mulheres de Letras que rascunhavam Textos
que de Palavras soltas davam origem e sentido a frases feitas,
para darem sentido a uma Vida com sentido,
para que o Tempo não deixasse prescrever a escrita, escrita nesse Tempo,
e realçasse o Homem no Tempo, no Tempo e no Espaço, num só abraço...
MADIBA estava preso... Estaria?
Preso na Liberdade da Liberdade que queria... Estaria?
Na Liberdade do Espaço Terreno talvez, mas que no Espaço Espiritual e Intelectual
 se perdia num Espaço Intemporal...
MADIBA sabia, conhecia o rosto da falsidade e como tal,
mais fácil se tornava viver a realidade...
Para MADIBA, o difícil era querer ver a Verdade na Verdade,
por saber estar rodeado de falsidade e crueldade...
Mas MADIBA, como todos os Homens Grandes, cresceu...
Cresceu com a Corrente dos atropelos, atropelos que eram Correntes,
nas Correntes da interrogação...
Liberdade? Livre? Liberto?
Estou certo que de Liberto ou não,
MADIBA, Livre esteve decerto, da "Liberdade" d' então...
MADIBA do Dia fez Vontade...
Da Vontade fez Vida...
Da Vida fez Viver, tornando assim mais fácil Viver,
ao sobreviver de mãos dadas com o Querer e Crer...
E MADIBA, quando a Vida se tornou complicada, tratou de a descomplicar,
porque descomplicado o complicado, ganhou o sobreviver, vivendo o acreditar,
fazendo do Hoje o Amanhã que almejava,
e com isto sentia que estava sempre um passo à frente...
E quando a Nostalgia, Melancolia, Solidão, por entre uma sofreguidão assaz, devorador,
quão aterradora apareciam,
MADIBA levantava-se e mostrava-se capaz de exorcizar os Fantasmas de uma Vida,
por não perdida...
E, MADIBA sabia o Oásis mesmo ali à frente, e sem esquecer o Ontem,
pensava no Amanhã com Mente sã, olhando para o Hoje que o ajudava a sobreviver,
à força do resistir, e sobretudo do não desistir...
E MADIBA fê-lo com Verdade, com convicção,
 e esteve sempre tentado a tentar acreditar, pois sempre acreditou no bom senso,
como também no Querer dos que acreditavam e dos que queriam Crer,
porque acreditava que se não desse importância à Mágoa, ela não sentiria prazer 
e desapareceria, porque, era isso que um Grande Homem faria,
e, ele era e foi um Grande Homem.
E, como Grande Homem, o HOMEM LIVRE que foi, e que será,
tornou a sua TERRA em LIBERDADE,
na sua Verdade, na Verdade que sempre acreditou...
E, MADIBA ganhou, Governou, Venceu, Viveu...
E, no Espaço e no Tempo que interessa de onde foi? Quem foi? O que foi?
Sim o que interessa? Interessa isso sim que o Mundo o reconheça,
para que seja Imortal, o tal,
porque sobreviver foi fácil, pois bastou captar o Sonho,
o difícil foi deixar o final em aberto,
porque isso só está ao alcance dos GRANDES HOMENS...
e ELE foi, e será sempre um deles...
MABIBA FOI... MANDELA ESTÁ AÍ...
 
- TIRADA DA NET -
   


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SENTIR ALGARVE...

SENTIR ALGARVE
 
Sentir o Sol reflectido
nas águas cristalinas e quentes da região...
Sentir o cheiro a Sal
nas ondas das marés da Lua na areia molhada...
Sentir a Costa escarpada,
moldada na beleza da Natureza em fusão...
Sentir a Lua a beijar o mar,
nua de preconceitos, feitos pintura prateada...
Sentir o odor das Ervas Silvestres
que habitam o Barrocal livremente, no seu Chão...
Sentir o cantar das Aves
naquela Montanha, que por elas reclamada...
Sentir Rios, Riachos, Ribeiras,
num correr desenfreado, naquela "sua" direcção...
Sentir as Cores, os Odores,
de uma Primavera Turismo, por todos ansiada...
Sentir o cheiro a Verde
e Multidões ávidas da "moldura" do Verão...
Sentir o Olhar Castanho
que cobre o Chão de Outono, em parcela desconsolada...
Sentir um Inverno Temperado
de um frio disfarçado, ausente de Gente, de animação...
Sentir profundamente o Sul,
SENTIR ALGARVE... Falar com o Coração...
 
Réjo Marpa
 
PRAIA DA LUZ

domingo, 8 de setembro de 2013

FOI O QUE VI... PORQUE SENTI... ESCREVI...

FOI O QUE VI... PORQUE SENTI... ESCREVI...
 
Vejo um Carro perdido, ali um Corpo deitado,
além um Outro estendido, e mais um Outro curvado,
e Outro ainda e Outro, e Outro, e mais outro, e ali,
ali um Outro mais, conto,
Um, Dois, são Oito, Oito entre muitos
que por aí andaram, andavam e andam,
são Oito, Oito, Oito...
Este número não me sai da Cabeça, OITO...
E, vejo escuro, e no escuro nada auguro de bom!
Avanço, vejo também cor,
um amarelo quente, de um quente ardente,
e um outro vermelho,
vermelho de raiva, na raiva do impotente,
e sinto calor no ardor de correrias, sinto dor nas gritarias,
vejo Silhuetas,
com elas, ramos de árvores em danças qual piruetas,
vejo e revejo essas Silhuetas
em ramos sedentos de fumos que são chamas apagadas,
e, vejo chão que já era...
Fecho os Olhos e vejo: Uma Floresta verdejante, em festa,
num Verão de Férias de um descanso apetecido por adquirido
com garra,
a garra daquelas Silhuetas que vi com os Olhos abertos,
onde via sorrisos abertos em faces saudáveis,
mas onde via também responsáveis irresponsáveis,
e, é quando abro os Olhos num Olhar angústiante,
e é nesse mesmo instante que acordo para a realidade,
e o que vejo?
A verdade na verdade do que aconteceu,
vejo que retrocedi quando não gostei do que vi,
e o que vi?
Mais um Homem Bom, mais um Bombeiro morreu,
foi o que vi...
 
Réjo Marpa
 
Imagem tirada da NET.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

BOMBEIROS? SOLDADOS DA PAZ? SIM, HERÓIS...


BOMBEIROS? SOLDADOS DA PAZ? SIM, HERÓIS...

Olho um Céu que era azul, nublado de um Branco Escuro, de onde se elevam nuvens sombrias de um Chão que chora lágrimas de sangue, num raiar vermelho de raiva, rodeado de vidas sofridas, oferecidas à defesa invulgar de uma Causa sem par, por vezes com Vidas perdidas consumidas no Terreno de uma Terra que fazem sua, e que de sua apenas e só, têm o querer incondicional na defesa dum valor moral, com brio, destemor, quando no centro das chamas o arrepio que o calor lhes provoca, provoca também a Lealdade para com o dever, e a intensidade vivenciada no companheirismo em detrimento do protagonismo no momento.

São Homens, Mulheres simples, que moram na simplicidade de um Uniforme Vermelho gasto, por usado num vasto e nada uniforme Território, coberto de falta de civismo por um “ irrisório “ ostracismo ao campo, deixando a descoberto e em aberto, quem ou a quem de direito, explicações…

São Homens, Mulheres, apenas Homens, Mulheres, são Namorados, Namoradas, são Filhos, Filhas, são Pais, Mães, são Avós, são parte de nós, são Povo que dão Vida à Vida, e a Vida por Vida, são Gente anónima, Gente de Aldeia, Vila ou Cidade, são humildade, que num Capacete escondidos partem para uma incógnita e atónita missão, de Corações abertos, convencidos por um Dever circunstancial, mas certos afinal que o valor emocional os acompanha também, seja num pranto que vem duma mãe, ou num lamento que sai dum pai, ou do mais disparatado comentário que na confusão do momento no cenário, seria então motivo de silêncio, no silêncio do ruído da chama que clama da terra, o que a Terra não soube, ou não quis preservar…

São Homens, Mulheres, são incompreendidos mas nunca vencidos, mesmo que envolvidos por burocracias vazias de intenções, que beliscam as acções de Corporações, mas, que mesmo assim dizem sim quando chamadas, por talhadas e trabalhadas para a defesa do seu semelhante, e que trazem sempre no semblante o sorriso de quem tudo deu, quando ofereceu o seu eu, sem limitações, SIM, SÃO HERÓIS…

Réjo Marpa

Bombeiros? Soldados da Paz? Sim, Heróis! 

Imagem tirada da Net

terça-feira, 13 de agosto de 2013

LOBITO CENTENÁRIO

LOBITO CENTENÁRIO
( Tu tens que acreditar)
 
Lobito dos meus encantos, que me encantas,
com teus encantos de encantar,
Lobito tão encantado, que me deixas encantado,
de tal encanto sem par...
Lobito de tal contraste, por uma Guerra desgaste,
Esperança onde chegaste e onde podes chegar,
porque com Fé já ganhaste, primeiro round passaste,
a Guerra ultrapassaste, por esta Terra amar...
Lobito em construção, conforme vais construíndo,
Ruínas que ainda são, Ruínas que lá se vão,
Ruínas que já não são, Lobito és sempre lindo,
Lobito teus Filhos são, Lobito em reconstrução...
Lobito, Tu tens Futuro, o Futuro está aí,
Lobito Terra irmã, o Futuro é Amanhã,
Acredita, Eu Acredito, porque assim te conheci,
se acreditares no sonho, não será palavra vã...
Eu sonho e quero sonhar, Eu quero acordar sonhando,
sonha também a sonhar, porque depois ao acordar,
o sonho irá mudar, se por ele fores lutando!
Eu acredito, e Tu? TU TENS QUE ACREDITAR...
 
Réjo Marpa
 
LOBITO CENTENÁRIO
 
 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CONVERSAR DESCONVERSANDO...

EXPERIÊNCIA
COM UM MINI DIÁLODO
 
 
CONVERSAR DESCONVERSANDO
 
A = MADEIRA.
B = A desta mesa?
A = Não a do JARDIM,
B = O da ILHA?
A = Gosto muito desse queijo, compro no CONTINENTE.
B = Eu sou mais do INTER.
A = Como sou MODELO, BENFICA.
B = Bem fica à Lareira com um bom CAVACO a arder.
A = Sim, sim, ardia era já um COELHO a PASSOS largos.
B = LARGOS? Conheço o do CALDAS.
A = Bem, não queiras entrar por aí.
B = Porquê? Só, conheço, o, do, CALDAS...
A = Pois, pois, o ZÉ POVINHO também, e lixou-se.
B = Coitado... Com a MADEIRA?
A = Qual? A desta mesa?
B = Não, a do JARDIM...
 
 
CASA TIPICA DA MADEIRA
 
 
 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

BASTA SERMOS NÓS...


BASTA SERMOS NÓS

ELE – Há uma coisa que me faz confusão… Qual a razão de só a ver à

noite?

ELA – E se eu lhe perguntar qual a razão, porque só o vejo de dia, o que

me responderia? Ou não o faria?

ELE – Na verdade não vou responder e vai desculpar-me o estar a

perguntar, mas se o faço, o que espero não lhe causar nenhum embaraço,

é por sabê-la tão linda, majestosa, de uma beleza infinda, tão misteriosa

para a esconder…

ELA – E você? Quando aparece é sempre caloroso, irradia tanta energia,

que o dia brilha sempre com mais intensidade, tal a luminosidade que faz

transparecer, e com ela aquecer qualquer lar.

ELE – Não faça a minha vaidade crescer, pois eu apenas tento aquecer o

lugar, torná-lo mais confortável, contornável, para se poder desfrutar com

o mínimo de qualidade, ao passo que você, entra com tão grande

intensidade e sentido profundo, no ego do mundo…

ELA – Exagero meu amigo, se tivesse o seu poder, saberia o que fazer com

a minha timidez e talvez não fosse tão exigente, porque sei que vou ter

sempre que depender de terceiros, parceiros para iluminar muita gente, o

que me deixa insegura, talvez até muito imatura, e por isso só me poder

dar a conhecer de quando a quando, aparecendo e desaparecendo pela

noitinha, sozinha…

ELE – Mas amiga, para quê tanto mistério, a sério, você é linda, a sua

imagem então, é um clarão envolvente, de um calor tão quente, que

quando se olha para ela, dá-se magia, a noite torna-se dia, sei lá, a luz que

nos seduz…

ELA – Você não me compreende, não me entende… O meu problema é tão

só o meu aspecto, por achar não ser o mais correcto, mas você não vai

conseguir entender, pode crer, porque isto é mais envolvente, podendo

por isso, vir a ser muito deprimente…

ELE – Não acredito! Mas como não dou o dito pelo não dito, torno a  

repetir: Você é linda, e o mistério que a envolve, fascinante, você tem

momentos em que é brilhante e os tempos em que desaparece,

transparece uma nostalgia cativante…

ELA – Pois é, mas ando constantemente numa roda-viva, tão cansativa,

apenas para conseguir atingir o que quero para não andar deprimente,

mas infelizmente esta sua amiga, volta sempre ao ponto de partida, ferida

na sua vaidade, na sua dignidade…

ELE – Isso são fases, são apenas fases, que vocês no feminino dão muito

valor, mas que nós no masculino, sem qualquer pudor, não damos tal

importância e das quais se pudermos queremos é distância.

ELA – Sim, sim, quando é convosco, porque quando se trata de nós, a voz

torna-se crítica, o olhar diferente e isto serve para toda a gente, quer não

acredite ou seja crente.

ELE – Acha mesmo? Olhe para mim… Quando tenho algum problema não    

apareço… Se me apetece chorar, desapareço, escondo-me por detrás de

algo espesso, e aí, dou azo a este meu dilema, e choro copiosamente uma

chuva de lágrimas, porque sei de antemão que depois das lágrimas

derramadas, virão raios esplendorosos em carradas…

ELA – É o que tento fazer… Estou cheiinha, faço exercício durante uma

semana, emagreço, desapareço durante outra semana e sabe você o

porquê? Porque não me consigo manter… Por isso volto e lá estou eu a

engordar lentamente, até ficar novamente cheiinha… Este é o meu

destino, está o menino a perceber agora o meu dilema? Este é o meu

problema…

ELE – Mas que dilema? Que problema? Isso é destino, sim, e que destino…

Ainda bem que assim é, pois ao contrário do que pensa, você, cheiinha é

maravilhosa, poderosa, esplendorosa, e sabe que mais, eu sinto-me

orgulhoso por poder dar sem nada receber em troca, só pelo puro prazer

de desfrutar esse resultado maravilhoso.

ELA – Amigo, você é a minha luz, o meu Sol…

ELE – E você amiga, é o meu Luar, Lua…
 
O SOL PÔR, A LUA AO DISPÔR...
 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

OS LUZIDIOS REFLEXOS DA GASTRONOMIA ALGARVIA

MAÇAPÃO
 
Os ingredientes p´ró maçapão,
tentem tê-los todos sempre ao pé,
açúcar, quatrocentos gramas são,
miolo d'amêndoa, o mesmo é,
clara de ovo para ligação,
e mais: Bastante amor, gosto e Fé,
depois, coragem p'ra iniciar,
ter tempo para tudo amassar.
 
 
Depois das amêndoas serem raladas,
pela máquina devem ser moídas,
e com o açúcar bem amssadas,
até que fiquem muito estendidas,
com a clara de ovo são ligadas.
Várias figuras serão construídas,
se quiser valorizar a receita,
no maçapão ovos moles se deita.
 
Réjo Marpa
 
OS LUZIDIOS REFLEXOS
DA GASTRONOMIA ALGARVIA
 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

OS LUZIDIOS REFLEXOS DA GASTRONOMIA ALGARVIA

CARAPAUS ALIMADOS
 
Um quilo de carapaus deve ter
p´ra quatro pessoas deve chegar,
dois alhos picados, deverão ser,
água fria, também a escaldar,
sal grosso para a salga fazer,
azeite qb para temperar.
Antigamente muito se fazia,
pois frigorífico, não existia.
 
 
A cabeça aos carapaus tirar,
lavar bem e colocar em camadas,
em sal grosso, os carapaus salgar,
dia depois, em águas escaldadas
cozidos, por água fria mudar,
pele, espinhas laterais, tiradas.
Servir com azeite, alhos picados,
estão prontos carapaus alimados.
 
Réjo MarpaCARAP
 
OS LUZIDIOS REFLEXOS
DA GASTRONOMIA ALGARVIA
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Os Luzidios Reflexos Da Gastronomia Algarvia

CATAPLANA ALGARVIA
 
Para duas pessoas a receita,
carne de porco, gramas são quinhentos,
o mesmo de amêijoas, dentro deita,
com uns oito camarões, mais aumentos,
quatro tiras de bacon se aceita,
o azeite, louro, sal, são bons ventos,
cebola, alho, pimento, tomate,
piri-piri, coentros a remate.
 
Deite no fundo do recipiente,
tomate, cebola, alho, azeite,
pimento, piri-piri, sal ao dente,
pedaços de carne de porc' ajeite,
trinta minutos a cozer, assente,
amêijoas e coentros logo deite,
camarão, bacon, para enfeitar,
Cataplana Algarvia mostrar.
 
Réjo Marpa
 
Os Luzidios Reflexos
Da Gastronomia Algarvia
 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

SER ANGOLANO

SER ANGOLANO
 
Ser Angolano é cantar ao Mundo onde nasceu, é gritar bem fundo sem hesitar,
o Nome seu, é Navegar na Net e dizer presente, é escrevinhar sobre Ela, consciente...
 
Ser Angolano é cheirar o cheiro a terra encarnada,
 é escutar o Mar num dia de Sol de uma tarde ensolarada,
é viver o Sol no calor da praia, que espraia beleza em Natureza deslumbrante...
 
Ser Angolano é ser amigo constante, no constante da amizade,
 é Liberdade sentida em seus vastos lugares, é sentir Olhares de simplicidade real,
numa Vida a sorrir do Mal, por viver o Bem, por bem, por ideal...
 
Ser Angolano é correr atrás de um Futuro capaz,
 é viver o Hoje na intensidade do querer, é Crer no Ontem como ensinamento e não como tormento,
 é saber ser quão dificil é,
 é ter Fé que tudo vai mudar sem medo de errar, e, se errar,
é voltar a tentar, é alimentar a Esperança, é forçar a perseverança...
 
Ser Angolano é crescer vivendo, ao viver crescendo, é saber receber, sem nada receber,
é dançar ao ritmo daquelas danças ritmadas, é sentir o Corpo em Rituais, funerais,
 é sentir no Corpo "Alma" contagiante, marcada por uma vida marcante,
 é beber o sofrer para não sofrer...
 
Ser Angolano é sentir a terra na pele, é sentir na pele, pele de galinha,
é rir, é chorar, é sentir o ritmo das batucadas, das merengadas,
é sentir o cheiro do Maboque, é sentir o toque,
é olhar deslumbrado o Imbondeiro imponente, descansado na sua grandeza,
é ver a beleza que seduz no correr em campo aberto de uma Avestruz
 por de entre a miragem de um Deserto,
é mirar com olhos de ver por admirar, a Flora, a Fauna,
é sentir as Cacimbadas, é "curtir a amizade" na Liberdade do ar, que paira no ar,
é sentir a Maresia, aquele cheiro Salgado a nostalgia,
é sentir o cheiro a Serra da terra, DAQUELA TERRA, DAQUELA TERRA...
 
SER ANGOLANO, é sentir, é fazer sentir, é fazer sentido...
Réjo Marpa
 
SALA DE VISITAS DE ANGOLA


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lua de Sonhos, Sonhadora

LUA DE SONHOS, SONHADORA
 
Lua, nostalgia pura, magia que perdura na ternura da Noite,
Noite cheia de uma Lua cheia,
veia de inspiração em Poesia de Poetas,
paixão e alegria,
História de Profetas em profecia nas Setas do Cupido,
o incompreendido, mas por todos querido...
Lua de amor, Lua de Junho em esplendor,
que lá do alto, imponente,
transmite o que a Gente sente,
e permite sonhar o Sonho risonho que todos querem encontrar,
mesmo que a sonhar...
E, é quando a Lua nos faz descer à Terra
que vemos o Belo que temos estado a perder
 em Guerra de Nadas,
ao olharmos o Mundo, no profundo da sua Solidão,
em sombras de Sonhos coloridos
por tão queridos,
mesmo que em preto e branco mostradas,
por serem preciosidades captadas
em Liberdades marcadas por sensibilidades tocadas,
de entre uma Janela aberta,
que acerta na bela imagem, tendo a testemunhar a aragem na folhagem
da união na Paixão e inspiração,
porque até o despido, nú e crú se torna bestial,
quando tocado pela beleza natural de uma Lua,
nua de preconceitos ou defeitos,
por parecer uma Tela, que não é, por parecer Pintura pura, mas não ser,
e sim, por ser bela, inspiração,  
por ser Lua de Paixão...
 
Réjo Marpa

sábado, 15 de junho de 2013

TRÊS MENINAS E UM MENINO

TRÊS MENINAS E UM MENINO
 
Era uma vez três meninas e um menino que brincaram na liberdade das areias, parede, meias de um Deserto, tão perto de um Mar adentro, beijado ao centro, por outra lingua de areia, que cheia de boas intenções, alguém, que de Personagem decerto era, chamou de "Ilha", e assim ficou como uma filha adoptiva, porque viva e interventiva por ideal como um ideal Porto Natural, um bom Porto de abrigo amigo...
Era uma vez três meninas e um menino que calcorrearam pontes de Traineiras atracadas, que as Chatas mostravam, mais Baleeiras aprumadas que descansavam, meninos que viram pescar aquele peixe a secar em todas aquelas Eiras que secavam ao Sol num rol de cantigas, cantadas além por quem trabalhava, enquanto o peixe por lá passava, por lá secava...
Era uma vez três meninas e um menino que como qualquer criança, brincaram o bastante,o suficiente, de quem livremente vivia em tempos de Bonança, que aprenderam na Escola as letras que tanto leram, que correram Recreios de brincadeira, que viveram o cantar do Hino virados para a Bandeira, que apreenderam lições de boas maneiras, que sujaram vestidos, que rasgaram calções, que acarinharam bonecas, que maltrataram a bola, eram "Meia-Lecas", coisas de Escola...
Era uma vez três meninas e um menino que rolaram entre Dunas, que visitaram Furnas, que olharam Oásis secretos, que viveram Povos discretos, que viram Lagoas que brotaram do nada no Deserto, e, ali tão perto, conheceram uma Planta Esquisita, que tornara-se bonita por Esquisita, que passaram por uma estrada de rectas, ou por um Rio que só era Rio quando queria, e que molharam os pés numa Passadeira que servia de Ponte, e fazia ponte para o outro lado, o lado em que o Deserto continuava, e que esperava pacientemente que o Rio autorizasse que o atravessasse...
E, eles viveram o Amanhecer intensamente, cresceram com o entardecer no crescente frenesim do dia-a-dia, e disseram sim à tranquilidade do Anoitecer, porque o Dia era Amanhã, e o Amanhã era já ali!
Mas um Dia, o Amanhã fez-se tarde... E de tão tarde, só muito mais tarde, através da evolução num Face de emoção, que de um se fez dois, que de dois se fez três, originando um quarto, que se encontraram numa estrada da Vida, esta muito comprida, cheia de curvas, algumas turvas, num Deserto diferente, Deserto deserto de areias, de Oásis cheios de nada, que de tão saturados, são inundados de nada, do nada que lhes querem dar...
Era uma vez três meninas e um menino... Mais uma vez, a história começou por era uma vez...
 
Réjo Marpa
 
De: Réjo Marpa
 
 
 

sábado, 8 de junho de 2013

O LOBITO DESPORTIVO

O LOBITO DESPORTIVO
 
Quem não se deve lembrar do Desporto no Lobito, de um Lobito Desportivo, sempre tão activo, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar dos jogos com as Equipas da "Metrópole", dos jogos entre Selecções, da alegria entre os Vencedores, da tristeza entre os perdedores, mas a Magia na Beleza do Desporto, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Lobito Sports Club, do Sporting do Lobito, do Lusitano Sport Clube, do Futebol Clube do Lobito, e da Casa do Pessoal do Porto do Lobito, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Lobito Sports Club, do seu Eclectismo, no realismo do Remo, da Vela, da bela harmonia que existia na Caça Submarina, da firme demonstração do valor da Natação, e o Futebol de Salão, Ginástica, Ténis, Xadrez, a fazerem a vez dos Desportos de Pavilhão, com o Basquetebol, Andebol e Voleibol também a entrarem no rol, e, por fim o Rei Futebol, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Sporting do Lobito, e de entre outras Modalidades por causa das Rivalidades, da sua Equipa de Futebol, do Pavão, que jogou na Selecção do Lobito que esteve num desfecho tão bonito que foi o derrotar o Benfica por 3 a 1, ou do Chiby, que apesar de começar no Lusitano, abriu o pano do seu talento, no momento que passou a ser Leão, até solidificar Carreira tão bela no "Portugal, hoje Nacional" de Benguela, ou também da sua Sede imponente com o seu Campo de Futebol, de Salão mesmo em frente, dos jogos ali realizados, dos momentos ali passados, de ver com um remate potente o Ferreira Pinto partir o Reclame de iluminação da Guerin, ocasião especial por não ser usual, o que já não acontecia isto sim por ser normal, a rivalidade que havia com o CFB e Companhia de Caçadores, entre Jogadores, Espectadores, num Espectáculo total, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Lusitano do Lobito, principal Viveiro de "Os Belenenses" de Belém de Portugal, de quem mais à frente destacarei e irei falar, mas, também porque não destacar o seu Campo de Futebol, o seu "Chão", o Raimundo Serrão, orgulhoso do Palmarés que difundia no dia-a-dia e de Lés-a-Lés o seu Espólio, num rico e Orgulhoso Portefólio, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Futebol Clube do Lobito, do seu Jogador Carlos Manuel, que indo para o Sporting Clube Portugal, inscreveu o seu Nome em Guimarães, no Vitória, por marcar o 1º Golo Internacional e o da Vitória, e, ou de Chico Gordo que foi para o Futebol Clube do Porto, encontrando um bom porto como Jogador do Sorting Clube de Braga, que ainda hoje o afaga como o melhor marcador, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar da Casa do Pessoal do Porto do Lobito, do Hóquei, das vitórias na união, da Natação, dos Recordes "Nacionais" do Paulo Conceição, valores tais de verdadeiro Campeão, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Desporto Escolar, desde o Voleibol ao Futebol, dos Desportos de Salão ao Atletismo, das "Claques organizadas" ao Civismo por elas demonstradas entre Liceu e Escola, onde o Desporto era a mola impulsionadora da Amizade Duradoura, e, do Colégio das Doroteias com as ideias dos Sammer, que punha a Ginástica em primeiro e como Símbolo verdadeiro de como fazer do Bem, um Óptimo resultado também, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Desporto Popular, da Travessia da Baía a nado, o  "GRAND PRÉMIO VOVÔ CAXI", que ali se fazia, com carinho, alegria, e de tantos outros Eventos, outros acontecimentos, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar entre outros, de Nomes como o dos irmãos Leite Velho, Garcia e Costa, e quem não gosta de ouvir falar de Miguel Ângelo, Carlos Cambalhotas, e as Rotas que um tal Josef Sammer teve de tomar, até ao Lobito chegar, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar de Nomes que o Hóquei comporta, como o dos irmãos Russo, António Horta, Carlos Gama, que eram sinónimo de fama, tal como Arlindo, Peneda Vidal, afinal a fina flor devido ao seu valor, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Bento (Fininho), do Lança, Herança que da Baliza, avaliza todo um valor que na Defesa aceitas um Roque e todo um Freitas que no seu seio a meio levam a reboque, que encaminha um Tozé ou um Sambinha, para na frente avançar o nome Águas, sem par, que foi,e é a referência primeira na essência verdadeira, Ás querido e escondido na Manga, do DESPORTO LOBITANGA, quem não se deve lembrar?
A vós meus Amigos vou perguntar: Ai, ai, quem não se deve lembrar?
 
Réjo Marpa
 
 
 
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

LOBITO ESTUDANTIL

LOBITO ESTUDANTIL
 
Quem não se deve lembrar das carecadas dadas aos "meninos caloiros, fossem morenos ou loiros, numa praxe que existia no momento e sobrevivia no tempo, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar das batas autografadas das "meninas" caloiras, fossem morenas ou loiras, mais as caras pintalgadas com que eram presenteadas, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar dos bilhetes do Machimbombo, "1 Angolar", que serviam para trocar por um gelado sonhado e tão bem saboreado, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar das provas de Motocrosse nos terrenos ao LALA circundantes, que eram fascinantes, e que aos olhos de quem assistia, era pura magia, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar, da saudável rivalidade, realidade existente e permanente entre a Escola Comercial e Industrial e o LALA, o Liceu  Oficial, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar no Desporto, das disputas "assanhadas" das Claques Organizadas, que numa gritaria euforia, era centro de alegria e transmitia para dentro, para os "nosssos" rapazes e raparigas, que eram capazes e que as cantigas, só lhes tornavam mais fortes aos seus já fortes portes, quem não se deve lembrar?
quem não se deve lembrar dos finais de Ano, da grande fogueira, a popular "CHAMA", de ver Pais, Alunos, Professores, Senhores da terra de ninguém também, reunidos e unidos num debate do vale tudo, onde só não vale ser Mudo, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar das Pautas de Classificações, das ilusões, das frustações, mas também e bem no acreditar que o Mundo estava ali, que o Mundo não ia acabar, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Ensino Particular, com o Colégio Camões e os seus Carros de Carnaval que em critica intencional mostrava o que ia mal, e que de mil flores cobria os amores e desamores que de entre os Estudantes havia, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar do Ensino Particular, do Colégio das Doroteias, cheias de raça e graça, em gestos de rara beleza, Natureza no Femenino, que entre um salto e um pino, uma apresentação global num Sarau genial, sempre com os Sammer à frente do futuro da nossa Gente, quem não se deve lembrar?
Quem não se deve lembrar, principalmente os Pais, da Escola Rui de Sousa, da Escola Pedro Alexandrino da Cunha, que em suas mãos punha o futuro dos seus e também do Colégio Manuel de Arriaga, pois a memória não apaga graças a Deus, o que de bom existia, e por lá se aprendia, como em todos os outros Estabelecimentos de Ensino, que nos ensinava e marcava momentos de Tino, desde o Compão ao S, João que dava um pulinho ao Santa Cruz, e assim todos mostravam como tão bem ensinavam à Mocidade do Lobito, que o Ensino além de Bom pode ser Bonito, quem não se deve lembrar?
E, por fim, quem não se deve lembrar das Festas de Finalistas, do Cortejo, do Peditório, do desejo ilusório de uma viagem de Liberdade verdadeira, porque para alguns a primeira fora do âmbito familiar, quem não se deve lembrar?
Oh! Meu Deus, Oh! Deus Meu, quem não se deve lembrar?
 
Réjo Marpa




segunda-feira, 6 de maio de 2013

MÃE, TU ÉS MINHA VIDA

MÃE, TU ÉS MINHA VIDA

Vejo-a decidida, nas suas decisões,
Vejo-a convicta, recta, com convicção,
Vejo-a dedicada,com mui dedicação,
Vejo-a terna, na ternura de acções...
 
Vejo-a com carinho e como acarinha,
Vejo-a triste, na sua tristeza também,
Vejo-a encaminhar para o caminho do Bem,
Vejo-a só, na solidão, sem ninguém, sozinha...
 
Vejo-a lacrimando, lágrimas de verdade,
Vejo-a sofrendo, o mui sofrer que o Mundo lança,
Vejo-a sorrir, c'um lindo sorriso d' esperança...
 
Vejo-a feliz, num Mundo de felicidade,
Vejo-a no Lar, no Trabalho, ou Lugar qualquer,
Vejo-a ser MÃE, ser MÃE, mas ser também MULHER...

                                                                         Réjo Marpa


MUNDO IGUAL
MÃE, TU ÉS MINHA VIDA

foto tirada da tv

domingo, 21 de abril de 2013

O QUE PODERÃO LER ENTRE
OUTRAS COISAS
EM:
 
" OS LUZIDIOS REFLEXOS DA
GASTRONOMIA ALGARVIA "
 
 
CALDEIRADA DE PEIXE
 
Um quilo de peixe, quão variado,
uma folha de louro, um pimento,
duas cebolas " par' ó refogado ",
mais um tomate, possível aumento,
sal e azeite no tacho deitado,
sal e oregãos, é no momento.
Completar a receita em questão,
quinhentos gramas de batata são.
 
 
Batatinhas às rodelas cortadas,
cebola, tomate, alho, pimento,
no fundo da panela acamadas,
mais o peixe, principal alimento,
até ao cimo, serão alternadas,
depois irá cozer em lume lento.
Está pronta a sua caldeirada,
que por todos, muito apreciada.
 
 
LIVRO EM POEMAS SOBRE GASTRONOMIA
 
O MEU 2º