A TEMPESTADE
NO SEU MELHOR
Enquanto o Mar batia nas rochas,
uma, duas, tantas vezes, quantas se
ouvia as rochas chorarem de
dor, partidas de doridas…
Enquanto o Sol queimava a
areia, areia que de tão fina sugava a água tão
perdida na praia esbatida
pelo vento, que fustigava as ondas…
Enquanto as ondas por sua vez
varriam a espuma que se confundia em pleno
dia com as gaivotas, qual brancura
natural, tal qual a bruma, afinal…
Enquanto gaivotas que comiam
os peixes… Enquanto peixes que distraídos iam
espreitando à tona de água… Enquanto outros mordiam a isca
propositadamente
posta à sua frente, isca que
era dos homens, que faziam das tripas coração o seu
ganha-pão…
Enquanto Homens que usavam
barcos para atingir esse objectivo… Enquanto barcos
esses que tinham redes, que
no seu emaranhado de fios tecidos com mestria, teciam
o poder de gerir vidas,
sempre pendentes dessas mesmas redes, que nadavam em
redor dos peixes, numa
espécie de apanha e foge como se de um bailado se tratasse...
Enquanto… Enquanto…
Contudo a chuva apaga tudo,
vindo depois o arco iris com suas cores, seus odores e
sabores, mostrar que depois
da tempestade vem a bonança, e, a esperança avança e
alcança o que de melhor nós procuramos
e desejamos…
RÉJO MARPA
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