domingo, 21 de abril de 2013

O QUE PODERÃO LER ENTRE
OUTRAS COISAS
EM:
 
" OS LUZIDIOS REFLEXOS DA
GASTRONOMIA ALGARVIA "
 
 
CALDEIRADA DE PEIXE
 
Um quilo de peixe, quão variado,
uma folha de louro, um pimento,
duas cebolas " par' ó refogado ",
mais um tomate, possível aumento,
sal e azeite no tacho deitado,
sal e oregãos, é no momento.
Completar a receita em questão,
quinhentos gramas de batata são.
 
 
Batatinhas às rodelas cortadas,
cebola, tomate, alho, pimento,
no fundo da panela acamadas,
mais o peixe, principal alimento,
até ao cimo, serão alternadas,
depois irá cozer em lume lento.
Está pronta a sua caldeirada,
que por todos, muito apreciada.
 
 
LIVRO EM POEMAS SOBRE GASTRONOMIA
 
O MEU 2º
 
 
 UM POUCO DO QUE PODE LER EM
" OS LUZIDIOS REFLEXOS DE LAGOS "
 
Os Restaurantes e Bares repletos,
Praça cheia, peixe fresco à mão,
com menus diversos e tão completos,
são ofertados a esta invasão,
Pensões e Hotéis, são Turistas certos,
Noites d' euforia, são de Verão,
cheir' a Turismo, Agost' a brotar,
são Festas de cor, musica no ar.
 
Ruas desertas e Praias tão frias,
chuva e vento, silêncio, Ninguém,
dias tão calmos e noites sombrias,
Bar, Restaurantes, desertos também,
Turistas dispersos, Melancolias,
mais o Comércio, parado e bem,
mostra Inverno Cruel, verdadeiro,
como é triste, Janeiro e Fev'reiro.
 
 


Por:  Réjo Marpa

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A TEMPESTADE NO SEU MELHOR


A  TEMPESTADE   NO   SEU  MELHOR

 

Enquanto o Mar batia nas rochas, uma, duas, tantas vezes, quantas se

ouvia as rochas chorarem de dor, partidas de doridas…

 

Enquanto o Sol queimava a areia, areia que de tão fina sugava a água tão

perdida na praia esbatida pelo vento, que fustigava as ondas…

 

Enquanto as ondas por sua vez varriam a espuma que se confundia em pleno

dia com as gaivotas, qual brancura natural, tal qual a bruma, afinal…

 

Enquanto gaivotas que comiam os peixes… Enquanto peixes que distraídos iam

espreitando à tona de água… Enquanto outros mordiam a isca propositadamente

posta à sua frente, isca que era dos homens, que faziam das tripas coração o seu

ganha-pão…

 

Enquanto Homens que usavam barcos para atingir esse objectivo… Enquanto barcos

esses que tinham redes, que no seu emaranhado de fios tecidos com mestria, teciam

o poder de gerir vidas, sempre pendentes dessas mesmas redes, que nadavam em

redor dos peixes, numa espécie de apanha e foge como se de um bailado se tratasse...

Enquanto… Enquanto…

 

Contudo a chuva apaga tudo, vindo depois o arco iris com suas cores, seus odores e

sabores, mostrar que depois da tempestade vem a bonança, e, a esperança avança e

alcança o que de melhor nós procuramos e desejamos…

 

 

RÉJO  MARPA

                                QUANDO AS CORES COMBINAM, A MAGIA ESTÁ...

 


  

sábado, 6 de abril de 2013

UM CONTO NUM CONTO


                                                               UM CONTO, NUM CONTO

 

UM CONTO, NUM CONTO,

QUE CONTO QUE O CONTO,

CONTE UM CONTO, DE ENCANTAR…

 

ERA A EUFORIA TOTAL, A ALEGRIA DESCOMONAL, ERA O SORRIR PRESENTE, O SENTIR PODER

DIZER A TODA A GENTE, O GRITAR BEM ALTO, ERA O PRIMEIRO SALTO QUALITATIVO, ERA O

ULTRAPASSAR POR INTEIRO, SER INTUÍTIVO, SER COERENTE, SENTIR-SE GENTE…

 

ERA VIVER TAIS MINUTOS, TAIS SEGUNDOS, COMO SE DE UM SE TRATASSE, ERA VER TÃO

RESOLUTOS, TÃO FUNDOS, SENTIMENTOS QUE REVELASSE UM AMOR TÃO VERDADEIRO, TAL

QUAL O PRIMEIRO, QUE ERA VIVIDO E SENTIDO E QUE DAVA ALGUM SENTIDO…

 

ERA O AMONTOAR DE EMOÇÕES, O FERVILHAR DE SENSAÇÕES, ERA A ANSIEDADE NO AR,

ERA O BRILHO NO OLHAR, O OUVIR DO BATER DOS CORAÇÕES, ERA O TURBILHÃO DE IDEIAS,

ERA O SANGUE A CORRER NAS VEIAS, ERA O ESPERAR, ERA O DESESPERAR…

 

UM CONTO, NUM CONTO,

QUE CONTO QUE O CONTO,

ESTEJA A CONTAR UM CONTO DE ENCANTAR…

 

ERA O SENTAR, O LEVANTAR, ERA O VOLTAR A SENTAR, O VOLTAR A LEVANTAR, ERA O VIVER

INTENSAMENTE O MOMENTO A CEM POR CENTO, CONSCIENTE DA RESPONSABILIDADE, DA

VERDADE, QUE A OCASIÃO PROPORCIONA E IMPULSIONA…

 

ERA O VERMELHO DO SANGUE, O VERDE DA ESPERANÇA, DA BONANÇA, ERA OPORTUNIDADE

PRIMEIRA, BANDEIRA DA TENACIDADE, ERA O CONTO NUM CONTO QUE VOS QUERIA CONTAR

ERA A ESPERA DE UM PAI, DE UM PARTO NATURAL, E, ERA O VIVER O FUTEBOL, NO EURO DE

PORTUGAL…

 

 


                                                                                                                                                  RÉJO  MARPA

sexta-feira, 5 de abril de 2013

QUEM PAGA É SEMPRE O MESMO


 QUEM PAGA É SEMPRE O MESMO

Algures havia uma Aldeia, que como qualquer Aldeia, de Contos estava

cheia. Cheia estava também, de personagens de bem, que Aldeia que

preze, tem.

Tem o surdo, o cego , o perneta, o tolo, o burro, o maneta,

O Chico esperto, o inteligente, o zé- ninguém, o deprimente,

O filho da mãe, o vigarista, o vigário e o artista,

O salafrário e o presidente, o aprendiz, o pretendente,

O juiz, o coitadinho, e por fim o zé- povinho…

E assim, começa o Conto:

O surdo perguntou ao cego, o cego disse ao perneta,

O perneta indicou o maneta, o maneta disse: Não pego.

O tolo mandou o burro, o burro, o inteligente,

O inteligente, o deprimente, ao deprimente cheirou-lhe a esturro.

Falou com o Chico esperto, o Chico esperto com o zé- ninguém,

O zé -ninguém, com o filho da mãe, o filho da mãe, não faz decerto.

Chamou então o vigarista, o vigarista disse ao vigário

O vigário ao salafrário, o salafrário ao artista.

Entra então o aprendiz, o aprendiz diz ao presidente,

o presidente ao pretendente, que delegou ao juiz.

Agora já se faz luz: O juiz chamou o coitadinho,

O coitadinho o zé -povinho, a dois nomes se reduz…

O Conto que quis contar, conta um Conto d’encantar,

E com quem pode contar, pois tem sempre, com quem contar…

MORAL  DO  CONTO

Quando não tens um culpado, só precisas procurar,

Arranjar um desgraçado, e…  O ZÉ POVINHO encontrar…

                    

Réjo  Marpa