terça-feira, 30 de dezembro de 2014

LEMBRANÇAS DE ANO NOVO

LEMBRANÇAS DE ANO NOVO
 
Saio do Flamingo rumo ao Hospital, viro ao Liceu,
vislumbro a Escola Comercial e Industrial,
ao longe o som de um avião, mostra então o Aeroporto,
onde absorto no pensamento, vivo o momento
porque um Homem voa de entre um cavalo,
abalo para trás e do Jardim Escola, sigo para o Apeadeiro
que cola com o Estaleiro, e passando o Manuel Arriaga,
ninguém apaga o Nimas 500, para acabarmos em beleza
na inesquecível Veneza e, sempre atentos do Rádio Clube, lá do alto,
vejo a Colina da Saudade, o Porto, o coração da Cidade,
o Mercado Municipal, e lá ao fundo o Prédio Universal,
desço, sigo para lá, vejo a Árvore de Natal,
vou ao Pic-Nic, passo pela Áurea, como um russo, que de tão chique
é difícil esquecer, tal como as memórias tão cheias de histórias
das Doroteias, ou da SBEL, ou da CAXI, ou do mel da Cassequel,
que aqui e ali o cheirinho se faz sentir...
Volto atrás, passo pelos Bombeiros, em passos certeiros alcanço
o Miradouro da Bela Vista, e delicio-me a admirar a minha Cidade, e
olhando para o Impérium, viajo a sonhar e faço filmes também em cartas,
postais e coisas mais nos Correios, vendo as Portas do Mar,
sentindo os odores vindos do Tamariz e mesmo debaixo do nariz,
olho a Camara Municipal, a Estação do CFB e já se vê a Igreja
 a espreitar a Sereia, cheia de esplendor e charme,
que lampeja nas águas que beijam a Capitania, que olha no dia a dia
pela Fábrica de Cimento, que do outro lado o fumo mostra o Monumento...
Não paro e chego ao Camões, que do Prédio do Sol enamorado,
mostra o lado do circuito de Automóveis, viajando a Restinga até ao Infante,
e volta, e,é o garante também de Foliões em Carnavais de alegria e vivacidade
da nossa QUERIDA CIDADE...
Feliz Ano Novo, meu Povo...
 
Réjo Marpa 
 
FOTO DE MÁRIO RUI RIBEIRO

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO

FELIZ ANO NOVO
 
Doze, onze, duas, uma, Ano Novo...
Mais um ano meu Povo, gritava e exultava aquele rapaz, numa voz capaz
de aglutinar o Mundo, tão profundo era o sentimento posto, o gosto pelo que dizia,
a alegria que emanava no momento, e era tão só um rapaz,
um rapaz que acreditava a cem por cento...
Garrafa de Champanhe na mão, a outra ao alto mostrava o copo cheio de ilusão,
a voz a paixão da vida, os olhos a felicidade sentida própria de uma Mocidade,
que acreditava, acredita sempre, que olhavam embevecidos o Fogo de Artificio,
tão propício nestas alturas, com as suas cores e as figuras proporcionadas,
o corpo que dançava, que saltava ao som de gargalhadas entusiasmadas,
e um querer entusiasmante, contagiante, que contagiava o colega do lado,
mais dado ao esquecimento, mas que aquele momento exigia alegria, contentamento,
e aquele rapaz, vivia esse momento...
Tudo era Luz, tudo seduz, reluz na noite por de entre badaladas, que eram doze,
e, que doze vezes soaram, marcaram a mudança de 365 dias num segundo,
segundo 2014, para segundo depois, ser segundo 2015,
e tudo mudar, e nada mudar, e tudo e nada fazer sentido, e aquele momento
ser sentido intensamente sem saber bem porquê, ser vivido completamente às cegas
por quem vê, por ser Ano Novo, apenas e só por isso, por ser Ano Novo,
e aquele rapaz acreditava, e vivia, porque o sentia, e dizia:
BOM ANO NOVO, E FELICIDADES MEU POVO...
 
Réjo Marpa
 
TIRADA DA NET

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

SE NÓS VIVEMOS, VIVES TAMBÉM...

SE NÓS VIVEMOS, VIVES TAMBÉM...
 
E do nada surge o momento, que de momento
apenas é isso...
Isso é o começo do fim, o fim do principio, que no principio
é mesmo assim...
Assim é pavor, terror no tormento que se torna dor, na dor
que não sabe porquê...
E porque eu, porque nós, porquê aqui e agora, e já agora,
porquê assim?
Porque assim é, porque a vida é assim, porque sim,
simplesmente sim...
Sim, simplesmente assim, surgido do nada, no nada que somos,
e do nada vimos...
E vindo do nada, no meio da impotência, a inconsciência luta,
nessa luta desigual...
Desigual por impossível, na possível ida do ir sem voltar,
e no nada se vai, em nada se esvai...
Mas fica a certeza da força, do querer, da negação em deixar-se ir,
ir sim, mas nunca fugir...
E é isto que nos dá força, e é esta força que nos faz sentir tão bem,
e gritar alto e bem:
Se nós vivemos, vives também...
 
Réjo Marpa
 
 
A PÉROLA PARA SEMPRE
Tirada da Net...
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O MENINO NASCEU, COM TUDO, SEM NADA...

O MENINO NASCEU, COM TUDO, SEM NADA...
 
E o Menino nasceu...
O Menino nasceu cheio de fartura...
Fartura de ternura de uma vida abençoada,
fartura imaculada,
fartura de tudo, casa, riqueza, realeza...
E o Menino nasceu...
O Menino nasceu cheio de fartura...
Fartura de amargura de uma vida amargurada,
fartura manchada,
fartura de tudo, da rua, pobreza, tristeza...
E o Menino nasceu...
No seio dos seus, na graça de Deus,
no aconchego do lar...E o Menino nasceu...
No meio do nada, coitado, sem nada,
apenas o vento a aconchegar...
E o Menino nasceu...
Longe do perigo, num meio amigo,
com tanto para lhe dar...
E o Menino nasceu...
Com morteiros, mísseis certeiros,
tudo para o atormentar...
Mas, o Menino nasceu...
 
Réjo Marpa
 
FOTO DE MÁRIO RUI