quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SENTIR ALGARVE...

SENTIR ALGARVE
 
Sentir o Sol reflectido
nas águas cristalinas e quentes da região...
Sentir o cheiro a Sal
nas ondas das marés da Lua na areia molhada...
Sentir a Costa escarpada,
moldada na beleza da Natureza em fusão...
Sentir a Lua a beijar o mar,
nua de preconceitos, feitos pintura prateada...
Sentir o odor das Ervas Silvestres
que habitam o Barrocal livremente, no seu Chão...
Sentir o cantar das Aves
naquela Montanha, que por elas reclamada...
Sentir Rios, Riachos, Ribeiras,
num correr desenfreado, naquela "sua" direcção...
Sentir as Cores, os Odores,
de uma Primavera Turismo, por todos ansiada...
Sentir o cheiro a Verde
e Multidões ávidas da "moldura" do Verão...
Sentir o Olhar Castanho
que cobre o Chão de Outono, em parcela desconsolada...
Sentir um Inverno Temperado
de um frio disfarçado, ausente de Gente, de animação...
Sentir profundamente o Sul,
SENTIR ALGARVE... Falar com o Coração...
 
Réjo Marpa
 
PRAIA DA LUZ

domingo, 8 de setembro de 2013

FOI O QUE VI... PORQUE SENTI... ESCREVI...

FOI O QUE VI... PORQUE SENTI... ESCREVI...
 
Vejo um Carro perdido, ali um Corpo deitado,
além um Outro estendido, e mais um Outro curvado,
e Outro ainda e Outro, e Outro, e mais outro, e ali,
ali um Outro mais, conto,
Um, Dois, são Oito, Oito entre muitos
que por aí andaram, andavam e andam,
são Oito, Oito, Oito...
Este número não me sai da Cabeça, OITO...
E, vejo escuro, e no escuro nada auguro de bom!
Avanço, vejo também cor,
um amarelo quente, de um quente ardente,
e um outro vermelho,
vermelho de raiva, na raiva do impotente,
e sinto calor no ardor de correrias, sinto dor nas gritarias,
vejo Silhuetas,
com elas, ramos de árvores em danças qual piruetas,
vejo e revejo essas Silhuetas
em ramos sedentos de fumos que são chamas apagadas,
e, vejo chão que já era...
Fecho os Olhos e vejo: Uma Floresta verdejante, em festa,
num Verão de Férias de um descanso apetecido por adquirido
com garra,
a garra daquelas Silhuetas que vi com os Olhos abertos,
onde via sorrisos abertos em faces saudáveis,
mas onde via também responsáveis irresponsáveis,
e, é quando abro os Olhos num Olhar angústiante,
e é nesse mesmo instante que acordo para a realidade,
e o que vejo?
A verdade na verdade do que aconteceu,
vejo que retrocedi quando não gostei do que vi,
e o que vi?
Mais um Homem Bom, mais um Bombeiro morreu,
foi o que vi...
 
Réjo Marpa
 
Imagem tirada da NET.