quinta-feira, 19 de março de 2015

ÁGUA DE AMOR, ÁGUA DE DOR...

ÁGUA DE AMOR, ÁGUA DE DOR...
 
Água, um bem que pode ser tormento...
Água, que em teu Corpo vive 70 por cento...
Água, que em igual percentagem,
qual miragem coincidente a Terra alaga
e afaga com ternura, a Agricultura esfomeada,
intermitente,
ou Água salgada que de sal, sal dás à vida,
Água que de míngua, Desértica é,
és Fé,
és necessidade, és a verdade apetecida,
por todos querida...
Água que em Chuva te tornaste,
que derramaste por terra, a mesma terra
que enterra seus filhos que tu levaste,
a quem muitos chamam Desastre,
outros, de Natureza,
mas que na pureza da Vida, qual Desastre em Vida,
qual mão da Natureza, qual mão Natural,
que afinal no final a única certeza,
foi um Desastre brutal,
só amenizado, atenuado,
na Amizade, na verdadeira Solidariedade,
esse gesto tão bonito,
que invadiu, sorriu e abraçou,
A CIDADE DO LOBITO...
 
Réjo Marpa
 
Colina da Saudade - Foto Mário Rui Ribeiro